Um corpo de palavras

Naiara Gramacho (BA – Ilhéus)

Paula era uma menina cujo corpo se cobria de palavras, sempre que ouvia de pessoas adultas rótulos e julgamentos que diziam quem ela era ou deveria ser. Gracinha, teimosa, danada, dramática, preguiçosa…

Palavras-rótulos conduzindo o olhar das crianças sobre elas mesmas durante toda a vida, ao mesmo tempo em que refletem formas de autoritarismo que nos ensinam a reproduzir.

Um Corpo de Palavras é um espetáculo de teatro de sombras que delicadamente joga sua luz sobre a forma como nos comunicamos e o impacto disso na vida de todos.

Presencialmente:

Dia 29/10, às 11h e às 11h30 (duas sessões)
Teatro do Goethe-Institut – Av. Sete de Setembro, 1809 – Corredor da Vitória
Duração: 25 min
Classificação etária: Livre
Ingressos gratuitos, distribuídos 1h antes da sessão
TRADUÇÃO EM LIBRAS/

Virtualmente:

Confira a versão on-line do espetáculo clicando AQUI.

Naiara Gramacho é diretora, atriz, cantora, compositora e escritora.
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Naiara Gramacho é diretora, atriz, cantora, compositora e escritora.

Naiara Gramacho fez parte do grupo A RODA de teatro de Bonecos, de Salvador, de 2012 a 2017. Como artista independente, no interior da Bahia, produziu e dirigiu diversos espetáculos com textos autorais. Um Corpo de Palavras foi feito por mulheres-mães e suas crianças durante o isolamento social da pandemia, tendo sido aprovado no Edital do Prêmio das Artes Jorge Portugal, em 2020. Em 2022, foi indicado para o Prêmio Braskem de Teatro na categoria de Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil.

@naiaragramacho.arte

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Ficha técnica
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Ficha técnica

Naiara Gramacho – Texto, direção, cenários, composições musicais e manipulação de figuras Driely Alves – Atriz e manipulação de figuras
Mariana Cabral – Manipulação de figuras
Eli Arruda – Sonoplastia
Olga Gómez – Confecção das figuras

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Uma história cheia de palavras, mais comum do que parece...
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Uma história cheia de palavras, mais comum do que parece...

Um corpo de palavras foi criada em Ilhéus, sul da Bahia. Sua história surgiu a partir de muitas inquietações, logo no início da pandemia, e chegou à mente da artista com início, meio e fim, transformando-se rapidamente no que seria o texto para teatro.

Boa parte das artistas que estão no espetáculo é composta por mães artistas, o que contempla também essas experientes profissionais, comumente impactadas pela pandemia, pela inadequação de suas rotinas com formatos tradicionais de trabalho e pela dinâmica da maternidade.

“Muitas vezes, ensaiamos com nossos filhos presentes, pois nem todas têm uma rede de apoio. Em muitos momentos, conciliamos a produção do espetáculo e a presença das crianças, o que também as permitiu se envolverem com o universo de trabalho de suas mães”

A peça utiliza da linguagem do teatro de sombras, do teatro de animação, com uso de retroprojetores que projetam as figuras e cenários em uma tela, o que gera interação dos atores com a projeção. Conta também com as linguagens da dança e da música.

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#educaçaoparental
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#educaçaoparental

O contato da multiartista com a Comunicação Não Violenta, com a Educação Parental, com o Thetahealing, e com o seu autoconhecimento a levaram a produzir o espetáculo nesse formato. Ela, que é mãe, também é coach materna e educadora parental e auxilia outras mães a melhor entenderem toda a mudança de dinâmica da vida que vem com a maternidade.

Um corpo de palavras deseja fazer o público refletir sobre novas formas de se comunicar e de estar em sociedade, confrontando, em nós, o autoritarismo, o racismo e as várias formas de violência que fomos ensinados a reproduzir.

“O espetáculo pretende, também, provocar pais, jovens e crianças, para juntos olharem para a própria comunicação e para os conflitos familiares que ficaram tão explícitos durante o isolamento social da pandemia”

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