Gota d’água

Companhia Baiana de Teatro Brasileiro (BA – Salvador)

Partindo do texto original de Chico Buarque e Paulo Pontes, o espetáculo materializa seu universo estético/poético através dos aspectos visuais, sensoriais, sociais e culturais do Subúrbio Ferroviário de Salvador.

A história de Joana, mulher pobre que é abandonada com seus dois filhos por Jasão, grande amor de sua vida, desloca-se da realidade das favelas cariocas para dar lugar às vivências de uma comunidade onde a ritualidade e o espírito soteropolitano transformam-se em síntese das estruturas sociais brasileiras.

Dia 27/10, às 19h
Teatro Vila Velha
Duração: 75 min
Classificação etária: 14 anos
Ingresso Sympla ou no teatro, 1h antes do início da sessão: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
TRADUÇÃO EM LIBRAS

Companhia Baiana de Teatro Brasileiro
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Companhia Baiana de Teatro Brasileiro

Gota D’Água é a primeira iniciativa da Companhia Baiana de Teatro Brasileiro. Teve sua estreia on-line em 2021, durante a pandemia, como um produto híbrido entre teatro e audiovisual. A versão recebeu quatro indicações ao Prêmio Braskem de Teatro 2022, vencendo a categoria de Melhor Atriz para Evana Jeyssan. Atualmente está indicado ao Prêmio Cenym de Teatro, com 13 indicações. Foi exibido na 13º edição do FILTE – Festival Latino Americano de Teatro da Bahia, no Festival “De Cabo a Rabo” do Teatro Vila Velha, e da Mostra de Teatro do Prêmio Braskem. Estreou presencialmente no 2º Trama Festival, em setembro de 2022, na cidade de Contagem, MG. Sua participação no FIAC Bahia 14 marca a estreia na Bahia da montagem diante do público presencial.

Confira o processo criativo de criação da montagem

@gota.d.agua_

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Ficha técnica
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Ficha técnica

Texto: Chico Buarque e Paulo Pontes
Idealização, coordenação do projeto, codireção: Augusto Nascimento
Direção artística: Vinicius Lírio
Direção de movimentos e assistência de direção: Mônica Nascimento
Direção de produção: Victor Alves
Produção executiva e Social Media: Victor Hugo
Trilha sonora original: Luciano Bahia
Elenco: Joana – Evana Jeyssan; Jasão – Augusto Nascimento
Roteiro: Augusto Nascimento, Evana Jeyssan, Vinícius Lírio
Preparador vocal: Bruno Barbozza
Figurinista: Rino Carvalho
Assistência de figurino e costura: Angélica Paixão
Cenografia: Renata Mota
Iluminadora: Larissa Lacerda
Assistente de iluminação: Victor Alves
Fotografia: Larissa Lacerda

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Ninguém vai sambar na minha caveira...
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Ninguém vai sambar na minha caveira...

Ninguém vai sambar na minha caveira
Vocês tão de prova: eu não sou mulher
pra macho chegar e usar como quer,
depois dizer tchau, deixando poeira
e meleira na cama desmanchada

Joana, ato I.

Do povo eu conheço cada expressão,
cada rosto, carne e osso, o sangue, o couro…
Sei quando diz sim, sei quando diz não,
eu sei o seu forte, eu sei o seu fraco,
sei a elasticidade do seu saco

Jasão, ato II.

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uma tragédia da vida brasileira
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uma tragédia da vida brasileira

Paulo Pontes e Chico Buarque escreveram Gota D’Água em 1975, mesmo ano do lançamento. A peça é uma adapção do texto clássico de Eurípedes sobre o mito de Medeia e sofreu forte censura após sua estreia. Sucesso de critica e bilheteria, o espetáculo venceu o Prêmio Mollière, mas em protesto aos cortes impostos, todos os atores da montagem recusaram o troféu.

O fundamental é que a vida brasileira possa, novamente, ser devolvida, nos palcos, ao público brasileiro. Esta é a segunda preocupação de Gota d’Água. Nossa tragédia é uma tragédia da vida brasileira

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eu fui, fui, fui...
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eu fui, fui, fui...

Eles pensam que a maré vai, mas nunca volta.
Até agora eles estavam comandando
o meu destino e eu fui, fui, fui, fui recuando,
recolhendo fúrias. Hoje eu sou onda solta
e tão forte quanto eles me imaginam fraca.
Quando eles virem invertida a correnteza,
quero saber se eles resistem à surpresa,
quero ver como eles reagem à ressaca.

Joana

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