E.L.A

Jéssica Teixeira (CE/SP)

Pudesse ser apenas um enigma. Mas, não. O corpo faz problema. O corpo dá trabalho. Pode ser muitos. Pode ser, inclusive, o que não queremos. O corpo será sempre o que ele quiser?

É social. É político. É tecnológico. É inconsciente. Pensamento. Desejo. Invisível. Invasor. O corpo se despedaça. É estrutura. É movimento. Mas, sobretudo, é estranho. Eu sou o outro e a outra. Teimo e re-existo. Ele se degenera e E . L . A se faz impossível.

O espetáculo surge a partir da investigação cênica do corpo inquieto, estranho e disforme da atriz Jéssica Teixeira, e de que maneira ele se desdobra e faz desestabilizar e potencializar outros corpos e olhares. O que seria um corpo? O que seria o impossível? O que acontece no hiato entre os dois? Descobrimos, afinal, que todo corpo é estranho para si.

Dia 26/10, às 19h
Teatro Vila Velha
Duração: 70 min
Classificação etária: 14 anos
Ingressos Sympla ou na bilheteria do teatro, 1h antes da sessão: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
TRADUÇÃO EM LIBRAS

Jéssica Teixeira é atriz, produtora, diretora e roteirista...
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Jéssica Teixeira é atriz, produtora, diretora e roteirista...

Graduada em Teatro – Licenciatura pela Universidade Federal do Ceará e Mestre em Artes pelo Programa de Pós Graduação em Artes também pela UFC, Jéssica Teixeira trabalha com as artes da cena desde os sete anos e já trabalhou com diversos grupos na capital e do interior do Ceará, dentre eles; “Pavilhão da Magnólia”, “Terceiro Corpo”, “Trupe Motim de Teatro” (Quixeré-CE) e “Comedores de Abacaxi S/A”.

@ela.jessicateixeira

Tem no seu currículo mais de 30 espetáculos como atriz, performances e vídeoperformances. Recentemente, desenvolve uma pesquisa sobre “Corpo Impossível” a partir da investigação sobre o seu próprio corpo estranho, matéria prima para a criação do seu primeiro solo “E.L.A”, onde está como atriz, produtora e dramaturga da obra.

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Ficha técnica
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Ficha técnica

Atriz: Jéssica Teixeira
Diretor: Diego Landin
Diretor de arte: Yuri Yamamoto
Diretor de Videomapping: Pedrokas
Produção Geral: Jéssica Teixeira e Pedro Leão
Textos: Jéssica Teixeira, Vera Carvalho e fragmentos de Eliane Robert Moraes e Paul B. Preciado
Consultoria dramatúrgica: Maria Vitória
Figurinista: Yuri Yamamoto e Isac Bento
Vídeo clip: Gustavo Portela
Música do vídeo clip: “Saúde Mecânica” de Edgar
Coreografia do vídeo clip: Andréia Pires
Vocal Coach: Priscila Ribeiro
Trilha Sonora: Diego Landin
”Dancing Barefoot” por Fernando Catatau e Artur Guidugli
Escultor: Kazane
Cenotécnico: Marsuelo Sales
Iluminador: Fábio Oliveira
Operação de Luz: Aline Rodrigues
Operação de Videomapping: João Marcelo Gomes
Operação de Som: Isabella Purcino
Assistência de Produção e Contrarregragem: Aris Oliver
Fotos de divulgação: Beto Skeff e Victor Augusto Nogueira
Co-Produção: Cubo Cultural

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O que faz de um corpo um corpo? Visão do Diretor
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O que faz de um corpo um corpo? Visão do Diretor

No processo de montagem do espetáculo E . L . A debatemos desde o início sobre as seguintes questões: como representar um corpo? O que pode um corpo? O que faz de um corpo um corpo? Que corpo é possível?

Para além de suas representações oficiais, entre a publicidade e a pornografia, entre o “orgânico” e o industrial, entre o Belo e sua decomposição, entre o fascismo e a utopia, o que resta de intensidade, poética e política no corpo? Como representar o irrepresentável?

O teatro, por intensificar a condição mais bela e trágica do ser humano, por não prescindir da morte, é o meio através do qual cada vez mais me instigo a criar e pôr em cheque o senso comum e minha própria visão de mundo.

E . L . A é minimalismo, revolução, beleza, saúde, doença, tecnologia, olhar, sedução, criação. Uma outra forma de dizer nosso lugar no mundo. Uma outra forma de nos dizer sujeitos. Pois Eu, como diria Rimbaud, é sempre um outro.

Diego Landin
Diretor e Artista Visual

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Crítica: Corpo estranho, lírico e político
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Crítica: Corpo estranho, lírico e político

E.L.A é primeiro solo da atriz cearense Jéssica Teixeira. Tem pouco a ver com o Ela (Her)¸ do diretor e roteirista Spike Jonze, que explora a relação de um homem que se apaixona pelo sistema operacional de uma máquina. O filme expõe a solidão contemporânea e novas configurações de relacionamento amoroso. Se pensarmos em esgotamento de modelos há sempre fios de conexão nas investigações artísticas atuais. Cito a obra cinematográfica por conta do nome da peça. O título do espetáculo remete à abreviatura de uma doença: Esclerose Lateral Amiotrófica – ELA.

Segundo informações em sites de saúde, trata-se da degeneração progressiva dos neurônios motores no cérebro e na medula espinhal. Isso quer dizer que esses neurônios não conseguem transmitir os impulsos nervosos de forma adequada. Essa degeneração provoca atrofia muscular, seguida de fraqueza muscular crescente. Também designada de Lou Gehrig, calcula-se que, no Brasil, 10 mil pessoas têm a doença.

[…]

Com arte, energia, vigor Jéssica celebra a vida. É testemunha de que a vida é extraordinária em muitos aspectos. E comenta quão valioso é estar presente, com a possibilidade de se reinventar e, com muita criatividade, ativar os sentidos.

Crítica do espetáculo E.L.A por Ivana Moura, no site Satisfeita, Yolanda?

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Mulheres, nordestinos, pretos...
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Mulheres, nordestinos, pretos...

Mulheres, nordestinos, pretos, indígenas, quilombolas, indivíduos com algum tipo de deficiência, periféricos, LGBTs

Falar de autoconsciência, atualmente, parece-nos um dos pontos mais importantes para trazer à tona uma maior autonomia e emancipação de si, em uma sociedade onde a taxa de homicídios e suicídios devido às diferenças com relação ao próprio corpo só cresce.

Um corpo consciente de si, consciente de seus limites, de suas dores, de seus prazeres e de suas diferenças torna-se uma potência de atuação no mundo. Ser um produtor de diferenças e assumi-las é um dos grandes pilares que proporcionam uma ressignificação de valores para um empoderamento pessoal e uma maior aceitação de si, do outro e do mundo.

Mulheres, nordestinos, pretos, indígenas, quilombolas, indivíduos com algum tipo de deficiência, periféricos, LGBTs são classificados automaticamente como minorias; porém, se juntarmos todos, somos maioria absoluta no país em que vivemos.

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Histórico E.L.A
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Histórico E.L.A

O espetáculo estreou em fevereiro de 2019 no Cineteatro São Luiz (com uma plateia de quase 300 pessoas), realizou mais 30 apresentações, dentre elas em Fortaleza, em Porto Alegre (no 26° Porto Alegre em Cena) e em São Paulo (uma temporada de 8 apresentações no Espaço Cênico do SESC Pompeia).

APRESENTAÇÕES

Out/2022 – 1 apresentação no 14° FIAC Bahia
Set/2022 – 1 apresentação no 28º FNT Guaramiranga
Set/2022 – 1 exibição virtual no 2º Acessa BH
Jul/2022 – 1 apresentação no 30º Festival de Inverno de Garanhuns
Jul/2022 – 2 apresentações no Festival Internacional – FIT Rio Preto
Jun/2022 – 1 apresentação no VI Festival de Teatro de Jundiaí
Jun/2022 – 2 apresentações na 8ª Mostra Internacional – MITsp
Dez/2021 – 1 apresentação no Centro Cultural Bom Jardim
Dez/2021 – 1 apresentação no Galpão das Artes de Russas
Jan/2020 – 1 apresentação no Teatro Dragão do Mar
Out/2019 – 4 apresentações na Rede Cuca
Set/2019 – 2 apresentações no 26º Porto Alegre em Cena
Ago/2019 – 5 apresentações no Teatro Universitário
Jul/2019 – 8 apresentações no SESC Pompeia
Jun/2019 – 1 apresentação no Theatro José de Alencar
Mar/2019 – 8 apresentações no Teatro Dragão do Mar
Fev/2019 – 1 apresentação de Estreia no Cineteatro São Luiz

PRÊMIOS

2020 – Edital Arte como Respiro – Itaú Cultural
2019 – Edital Circula Ceará – Secult-CE

OUTROS LANÇAMENTOS

2022 – Livro “E.L.A” – Aliás Editora
2020 – Documentário “Pudesse ser apenas um enigma” – SESC SP
2020 – eBook “E.L.A” – Aliás Editora

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E-book
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E-book

O E-book e a peça radiofônica E.L.A são fruto das pesquisas, temporadas e dissidências provenientes de espetáculo teatral homônimo, estreado em fevereiro de 2019, que surgiu a partir da investigação cênica do corpo estranho da atriz cearense, e de que maneira o mesmo se desdobra e faz desestabilizar e potencializar outros corpos e olhares.

O livro digital, dessa forma, se desenrola em uma nova plataforma para discussão e experimentação sobre as temáticas tratadas ao longo do espetáculo e está disponível de forma gratuita e mostra o percurso criativo de Jéssica Teixeira, além de apresentar debates e textos teóricos de várias fontes.

 

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