CONTRA XAWARA, Deus das Doenças ou Troca Injusta

Juão Nyn (RN)

Xawara, na cosmologia Yanomami, é a “fumaça da epidemia da morte”, enquanto Ka’atimbó, no entendimento Potyguara dos pajés, é a fumaça sagrada da mata. O movimento “Contra Xawara” é um movimento contrário às manifestações destrutivas da Xawara, utilizando a fumaça sagrada que conecta mundos materiais e imateriais. Essa oposição simbólica reflete a luta dos povos indígenas contra as ameaças trazidas pelas invasões coloniais e suas consequências mortais. Juão Nyn, em sua performance contracolonial, revisita o encontro entre indígenas e colonizadores. Em um manifesto de poesia concreta, CONTRA XAWARA propõe uma reflexão sobre o passado e presente, onde 2024 pode ser 1492, e o colonizador tem a oportunidade de se ver no espelho abandonado, questionando o próprio reflexo e a história que carrega.

Dia 25/10, às 19h
Teatro Martim Gonçalves
Duração: 60 min
Classificação indicativa: 10 anos
TRADUÇÃO EM LIBRAS
Ingresso: R$ 30,00 e R$ 15,00 – Vendas na plataforma Sympla

Ficha Técnica

Manyfesto e performance: Juão Nyn
Direção de palco e contrarregragem: Mara Carvalho
Paramentação: Mbodjape
Ylumynação: Rodrigo Silbat
Trylha Sonora: Malka Julieta
Projeção mapeada: Flávio Alziro
Operação de audyo: Jow Flor
Produção: Wemerson Nunes – WN Produções

Juão Nyn - minibio
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Juão Nyn - minibio

Juão Nyn é multiartista, Potyguar/a, 35 anos, ativista comunicador do movimento Indígena do RN, integrante do Coletivo Estopô Balaio de Criação, Memória e Narrativa e vocalista/compositor da banda Androyde Sem Par. Há 10 anos em trânsito entre RN e SP, é Mestre do Terreiro Teatro Contracolonial na ELT – Escola Livre de Santo André, escreveu a dramaturgia Tybyra em 2020 e lançou este ano o seu 1° álbum solo, todo cantado em Tupi, chamado “Nhe’etimbó – Voz, Fumaça de Corpo”.

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Não estávamos todos nus
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Não estávamos todos nus

Não estávamos todos nus, não cultuavamos os mesmos deuses, não falávamos as mesmas lýnguas, porque reagyrýamos todos yguays ao nos oferecerem um espelhynho?

O corpo é terra mas também pode ser Caravela.

Em CONTRA XAWARA, o ano é 2024, mas poderya ser 1492. O colonyzador tem a chance
de se rever no espelho que abandonou e descobryr se o própryo reflexo é ygual ao de todos os outros que vyeram dentro das Caravelas que são.

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uma crítica
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uma crítica

Juão Nyn apresentou uma das mais poderosas interpretações do nosso teatro recente e inscreveu o trabalho em uma dimensão que está acima do ato cênico. É proposta de vida. E é preciso reforçar a força coletiva da obra, Malka Julieta, Rodrigo Silbat, Daniel Minchoni e Flávio Alziro também formularam comentários estéticos não somente super-eficientes, mas também agregadores ao discurso central. Das mais importantes e profundas produções do nosso teatro (teatro?) recente.

Por Marcio Tito
@marciotitop

Leia na íntegra aqui

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@juaonyn

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