Bem vinde. Você está entrando no sambaqui de Ana Dumas aka Missy Blecape, artista da programação 2021 do FIAC Bahia. Aqui você poderá viver tanto Colônia Vírus, obra-farol que guia sua experiência no Festival, quanto visitar referências múltiplas da artista, encruzilhando trajetórias e abrindo portais a outros encontros que venham a fertilizar novas inquietações.

Colônia Vírus é o ponto de partida para o sambaqui de Ana Dumas, e no dia 28/10, às 19h08, a artista esteve com a gente ao vivo, apresentando no FIAC, junto ao público virtual, a performatividade que desprende da experiência que você está prestes a viver.

Há séculos estamos invadidos por caravelas e outras máquinas que avançaram e avançam sobre nós com suas línguas que não escutam nossa voz, seu progresso que nos rouba a terra, seu deus que constrange nossa alegria. E, claro, seus planejamentos estratégicos, planos plurianuais, filtros do Instagram e outras substâncias que refletem nossa luz. Ana Dumas captura todas essas máquinas, linguagens, plataformas e estratégias para usá-las a nosso favor e perguntar quem somos.

Colônia Vírus reflete sobre o sistema-mundo que nos formatou e formata, sempre atualizando suas predefinições de fábrica, refinando ferramentas de controle, pesquisando mercados futuros. Mas é também sobre nossa capacidade de lembrar, de pensar diferente e reagir.

Nosso convite é para você se aproximar da montanha de terra fértil, porosa e receptiva que é este sambaqui de Missy Blecape: um ambiente de encontro para escavar ideias, mover pixels e recombinar códigos.

Sua escavação pode ser linear. Ou randômica. Você escolhe como fruir.

Missyblecape é a junção abrasileirada de: blackup+ backup. Ana Dumas é Missy Blecape.
×
Missyblecape é a junção abrasileirada de: blackup+ backup. Ana Dumas é Missy Blecape.

o up é pra subir o assunto black e backup porque toda mulher negra precisa fazer cópias de segurança de si mesma pra não ser apagada.

Artista multimídia, Ana Dumas aka Missy Blecape se autodefine como Ideas Jockey (IJ), uma deejay que sampleia e remixa ideias, criando curtos circuitos e narrativas visuais, sonoras e sensoriais. Entrecruza signos, sistemas, conceitos e extratos de sua biografia, produzindo performances insurgentes e criando territórios livres, sem fronteiras e hierarquia de linguagens, que funcionam como pontos de articulação.

Inspirada nos trios elétricos e carrinhos de café baianos, idealizou o Carrinho Multimídia, estação de arte e comunicação ambulante, com mesa de som e mixer, para compartilhar nas ruas das cidades fragmentos e registros do século XXI.

+
Ficha Técnica Colônia Vírus
×
Ficha Técnica Colônia Vírus

Artistas colaboradores: Ramon Gonçalves e Laís Machado – Estudio Arroyo Design gráfico: Gil Maciel, Ramon Gonçalves, Rodrigo Lelis
Site e expografia: Ramon Gonçalves
Montagem das Obras e Trilha Sonora: Ramon Gonçalves
Produtora (Prado, Bahia): Ana Paula Prado
Produção de arte: Adriana Dumas

+
“Salvador é um looping de trendingtopics do século 21”
×
“Salvador é um looping de trendingtopics do século 21”

“Aqui no Prado eu vivo no que chamo de quilombolha. E é aqui que eu tento me reencontrar comigo mesma, com a minha cultura cabocla, totalmente oral, com a minha relação com a natureza, com as plantas e com o cultivo. Cresci numa família liderada e sustentada por mulheres, totalmente matriarcal, e retomar isso para minha vida e para a forma como eu enxergo o mundo, significa combater o patriarcado, ser um antivírus da colonização”

+
“O matriarcado é o sol que vai gerir o mundo do século XXI, porra!”
×
“O matriarcado é o sol que vai gerir o mundo do século XXI, porra!”

Uma ameaça não foi detectada

O colônia vírus chegou com as caravelas

Cada um escreve do seu jeito. Quando a mulher pega uma vassoura para varrer o quintal isso são linhas.

Transforma-te ou serás deletada

Seja vc um antivírus do Colônia Vírus

 

+
manifesto BRAsileira Universal
×
manifesto BRAsileira Universal

Queremos debater com a cidade por que a sociedade baiana imprimiu um tom pejorativo e preconceituoso ao estilo brau

MANIFESTO BRAU

 

+
“Toda insurgência, pra continuar insurgente, precisa trocar de pele, de visual, para não ser cooptada, domada, institucionalizada”
×
“Toda insurgência, pra continuar insurgente, precisa trocar de pele, de visual, para não ser cooptada, domada, institucionalizada”

Nunca vivemos tanto a experiência da não-presença, da presença imaterial.

O imaterial não passa de alma em ancestra.

MANIFESTO BRAU

+
+
Pular para o conteúdo