Olá! Você está prestes a se perder no sambaqui de Anderson Feliciano, que integra a programação 2021 do FIAC Bahia com Poéticas do Tropeço. Ele lhe dá chance de se perder no universo proposto pelo artista, um universo feito de palavras, corpos, imagens, cores, memórias e movimentos.

Poéticas do Tropeço são um conjunto de obras em que o artista relaciona a escrita dramatúrgica com elementos das artes visuais, do cinema e seus arquivos pessoais; obras feitas com palavras, corpos, imagens, cores, memórias e movimentos. Mergulhando em si mesmo, em suas relações filiais e ancestrais, em álbuns de família, em personagens da infância, busca outros imaginários de negritude, de masculinidades, de bichices.

Elas são o que consideramos a obra-farol de Anderson no festival. No dia 30/10 o artista esteve com a gente ao vivo, dividindo no FIAC Bahia, junto ao público virtual, a performatividade que desprende da experiência que você está prestes a viver.

O FIAC Bahia compreende que a obra é uma instância para conhecer o/a artista. Mas nosso sambaqui é espiralar – passado, presente e futuro. É também multidirecional: mais do que obras, são compartilhadas trajetórias, questões, repertórios, artefatos.

Que tal fruir por esta terra fértil e voltar alimentado para nosso encontro no dia 30/10, aqui mesmo? Sua escavação pode ser linear. Ou randômica. Você escolhe como experenciar.

Bem vinde!

“Tropeço é a possibilidade de algo vir a ser; é uma brecha entre a verticalidade e o chão.”
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“Tropeço é a possibilidade de algo vir a ser; é uma brecha entre a verticalidade e o chão.”

“Tropeço ainda não é a queda. O tropeço pode vir a ser a queda. O tropeço é um hiato entre dois mundos e ao me colocar em desequilíbrio, trouxe a possibilidade de um mergulho em uma experiência de negritude que não nega nossas complexidades, paradoxos, contradições, detalhes, singularidades.”

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“Quando eu era criança eu não queria ser a Vera Verão”
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“Quando eu era criança eu não queria ser a Vera Verão”

Mestrando em Dramaturgia, Anderson Feliciano dedica-se a escrita dramatúrgica, à performance e à curadoria. Seus processos se desdobram em trabalhos que incluem vídeos, peças performáticas, fotografias e livros. Como performer participou de festivais por vários países e possui textos traduzidos para o espanhol, inglês e italiano. É autor de “Tropeço” (editora Javali / 2020) e “O início” (editora Caos & letras/2021), com Mário Rosa. A partir de sua pesquisa sobre as “Poéticas do Tropeço” desenvolveu projetos de curadoria para eventos e festivais diversos. Em 2020, “Ensaio sobre Fragilidades”, onde divide a cena com Demétrio Alves, recebeu o Prêmio Leda Maria Martins de melhor performance.

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As Poéticas do Tropeço surgem em uma viagem pela América Latina. Quilômetro e quilômetros percorridos dentro de um ônibus; dias e dias dormindo em terminais rodoviários. Conhecer “un pueblo sin piernas, pero que camina.”
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As Poéticas do Tropeço surgem em uma viagem pela América Latina. Quilômetro e quilômetros percorridos dentro de um ônibus; dias e dias dormindo em terminais rodoviários. Conhecer “un pueblo sin piernas, pero que camina.”

Tropeço configura-se como a imagem de um arquipélago e é resultado das investigações propostas para o mestrado em dramaturgia que concluo em Buenos Aires. Diante da encruzilhada, como Ogum forjando o ferro no fogo, desenvolvi um conjunto de textos-ilhas performáticos que me possibilitaram pensar sobre a complexidade do estar negro no mundo e fabular outras linguagens. Fazendo uso da formulação sintética de Fanon: “não há negro, há negros”, desenvolvi a ideia de uma dramaturgia-arquipélago. Esta, de forma relacional, colocava em diálogo histórias que só podem ser construídas a partir de fragmentos mobilizados, para dar conta de experiências fragmentadas em si mesmas.

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Sondagens, reflexões e expansões a partir de experimentos cênicos, performáticos e leituras
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Sondagens, reflexões e expansões a partir de experimentos cênicos, performáticos e leituras

“é um jogo de verdades e ficções num campo em que o fragmentado revela muito de uma vontade de tocar o que escapa do meramente biográfico”.

“construir espaços e relações que podem reconfigurar, material e simbolicamente, um território comum. “Uma iniciativa epistêmica da produção do desejo”.

“é a memória num campo de disputa, é a possibilidade de assombrar e dar impulso a um sutil deslocamento no espaço e no tempo que ajude a minar o atolado da história”.

“Uma experiência de fronteira: o eu, o outro, os espaços, os afetos, as alteridades do eu”.

“Uma poética da relação em que está em jogo a capacidade de lidar com as imagens-sentido e incorporar essas imagens ao próprio sentido”.

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MOVIMENTO memória fabulação
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MOVIMENTO memória fabulação

movimento MEMÓRIA fabulação

movimento memória FABULAÇÃO

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“Eu nunca consegui compreender, porque os meus amigos, quando queriam me ofender, me chamavam de...”
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“Eu nunca consegui compreender, porque os meus amigos, quando queriam me ofender, me chamavam de...”

pêra

pêra

pêra

pêra

“A ressignificação de uma fragilidade que não é só fraqueza.”

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Mestrando em Dramaturgia, Anderson Feliciano dedica-se à escrita dramatúrgica, à performance e à curadoria.
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Mestrando em Dramaturgia, Anderson Feliciano dedica-se à escrita dramatúrgica, à performance e à curadoria.

Seus processos se desdobram em trabalhos que incluem vídeos, peças performáticas, fotografias e livros. Como performer participou de festivais por vários países e possui textos traduzidos para o espanhol, inglês e italiano. É autor de “Tropeço” (editora Javali / 2020) e “O início” (editora Caos & letras/2021), com Mário Rosa. A partir de sua pesquisa sobre as “Poéticas do Tropeço” desenvolveu projetos de curadoria para eventos e festivais diversos. Em 2020, “Ensaio sobre Fragilidades”, onde divide a cena com Demétrio Alves, recebeu o Prêmio Leda Maria Martins de melhor performance.

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Devagarinho é que a gente chega lá / Se você não acredita você pode tropeçar
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Devagarinho é que a gente chega lá / Se você não acredita você pode tropeçar

 

Devagar, devagarinho
Martinho da Vila
É devagar
É devagar
É devagar, é devagar, devagarinho
É devagar
É devagar
É devagar, é devagar, devagarinho
É devagar
É devagar
É devagar, é devagar, devagarinho
Sempre me deram a fama
De ser muito devagar
mas desse jeito, vou driblando os espinho
Vou seguindo o meu caminho, sei aonde vou chegar
É devagar, é devagar
É devagar, é devagar, devagarinho
É devagar
É devagar
É devagar, é devagar, devagarinho
É devagar
É devagar
É devagar, é devagar, devagarinho
É devagar
É devagar
É devagar, é devagar, devagarinho

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